quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Algumas notas sobre a Filosofia Portuguesa

Isto são apenas alguns excertos do livro de Onésimo que me fizeram relembrar o meu espanto quanto à «Filosofia Portuguesa» com que concluí uma anterior postagem. Afinal houve (ou há), ainda por cima, um movimento que se quis filosófico e que se (auto-?)intitulou, com grande falta de criatividade, Filosofia Portuguesa, o que ainda complica mais o assunto. Vale a pena ler os textos completos, mas isto é só uma nota para mim próprio, que agora não tenho tempo de escrever um comentário coeso.

«Perante tais arrojos, parece justificar-se a ignorância displicente que à Filosofia Portuguesa vota a maioria da camada intelectual lusa ou lusófila.» p. 155

«Nós sabemos hoje, depois de Wittgenstein, que o sentido é o uso.» p. 220

«Ora, em semântica é regra fundamental que o significado é o uso. Dito de outro modo: para se saber o que significa uma palavra ou uma expressão, analisa-se o contexto em que é usada.» p. 225

«Quando [Ramón] Piñeiro diz que "en realidade cada home tem a súa filosofía", quer dizer que cada homem (e mulher, naturalmente) tem a sua mundividência (...).» p. 221

«(...) sobre a famigerada questão da filosofia portuguesa (...) [Manuel Antunes] resolv[eu] a questão com uma frase lapidar: "Se é nacional não é filosofia, se é filosofia não é nacional." (...) [a] sua explicação do que a filosofia não é; especificamente ela não é visão do mundo (...). (...) filosofia, em si, e visão do mundo, em si, não são plenamente idênticas nem sequer identificáveis.» p. 231

― Onésimo Teotónio Almeida (2017) A Obsessão da Portugalidade. Quetzal.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Citações de Vergílio Ferreira

"... não vejo, sou. É bom ser apenas. Fecho os olhos e o Lucinho abre-mos, põe as mãos sobre eles ou a boca. Gosta de encostar a boca aberta e de babar-me a cara na comunicação fundamental que é a das secreções."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 57, Quetzal.

"É estranho que ninguém me conheça ― estarei morto? Porque eu existo, bem o sei. Para eles e para mim ― serei talvez uma ideia, uma fórmula abstracta como a dos livros. Como um velho taralhouco, que foi gente e não há maneira de marrar para se amar enfim, sem empecilhos, no que foi."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 62, Quetzal.

"Hei-de contar tudo a seu tempo e em voz baixa, as pessoas não gostam de em voz alta. Em voz alta é como por exemplo, querer ter graça porque há logo quem não ache graça nenhuma. (...) Quem fala tem de falar à parte nobre do homem e a parte nobre do homem tem sempre uma cara de pau."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 138, Quetzal.

"A história do homem é a da luta contra as suas limitações. Mas as suas limitações foi ele que as inventou. É um jogo curioso, só agora o sabemos. Não bastava o que naturalmente o limita ― o frio, a fome, todas as misérias do corpo. Arranjou também as do espírito que não havia. Deve dar-lhe um gozo imenso inventar sarilhos para os desensarilhar. (...) Tirava o medo de um lado, punha-o noutro. Entendia que sem coragem não era homem. Mas para haver coragem tem de haver um medo qualquer. É um jogo divertido. O homem precisa do medo para ter que o vencer. Mas depois de o vencer, tem de inventar outro para não estar à boa vida."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, pp. 141-142, Quetzal.

"Uma coisa é eu poder liquidar um terror. Outra coisa á descobrir que ele não tem direito a ser terror. Esta coisa é que é difícil. Porque um terror também protege (...) Saber que nada está acima do homem para que nem sequer ele esteja acima, que é o que de mais perigoso pode estar acima por não ter contas a dar ao que estivésse ainda acima."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 144, Quetzal.

"O meu lugar era dependurado na parede, entre os antepassados. (...) os antepassados políticos são úteis. Dão encosto, fiam responsabilidade. Agacham-se para a gente pôr um pé. São dóceis, não protestam. Acumulam bens, a gente gasta. Eles é que pagam. Todas as nossas dívidas são para a conta deles. (...) Mas sobretudo são discretos, falam só o preciso."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 200, Quetzal.

"Eu dizia, por exemplo, «se és livre, defende a liberdade» e Teófilo acrescentava «quando não, vais para a cadeia». Eu dizia «não recebas ordens de ninguém, porque tu és a tua ordem.» ― Essa é a ordem que te dou, dizia logo Teófilo."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 200, Quetzal.

"Como quando procuramos um guarda-sol e não reparamos que um guarda-chuva faz o mesmo."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 200, Quetzal.

"...os que morreram por uma ideia e os que morreram por outra ideia que veio logo a seguir e só durou enquanto se estava distraído a ver que a anterior afinal já não era ideia nenhuma; os que lutaram a vida inteira para tirar o chicote das mãos de um tipo e metê-lo nas mãos de outro tipo que dava mais gozo quando chicoteava; os que se puseram à roda de uma palavra e se bateram como leões contra os que estavam à roda de outra palavra que queria dizer o mesmo (...), os que levaram a vida inteira à espera de ter razão e quando era a altura de a terem, já não servia."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 203, Quetzal.

"Porque a arte não é nada, é uma forma de nos comovermos ― comovemo-nos já com tanto mono. Com o cristo a sangrar, com as pernas de vénus, com. Que é que justifica essa homenagem? (...) Sei que os altares estão vazios e que a um momento de desatenção nos põem lá outro santo."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 203, Quetzal.

"Eu semeio uma árvore, a árvore cresce e os homens põem nela uma forca ― também semeei a forca?"
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 239, Quetzal.

"...ó Deus, ó Deus ― outra vez? Que Deus não saia de ao pé dos seus querubins, quero resolver tudo sozinho."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 239, Quetzal.

"...mas a verdade, como uma amante, não é daquele de quem gosta, mas de quem a pode sustentar."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 243, Quetzal.

"Isto já deve ter sido dito pelos pensadores profissionais que tiraram carta para isso e nos não deixarem pensar a nós, que não temos diploma."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 246, Quetzal.

"As coisas têm um fim. O fim começa no começo."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 260, Quetzal.

"Porque o mais difícil é sempre o que não existe. Numa sala às escuras, o mais difícil é o que lá não está. E tanto lá não está que se a gente acender a luz, não está lá mesmo. Se nos apontarem uma pistola sem balas, a gente tem medo. A gente vê que não tem balas e tem medo. Há máscaras pintadas que nos arrepiam. É um medo de tinta, de nada, mas existe real nesse nada. (...) As coisas que existem são o que são, mas as que não existem são o que não são, e isso é muito maior."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 264, Quetzal.

"Mas as coisas evidentes são difíceis de ver. O que está mais perto dos olhos são os olhos e aos olhos ninguém os vê. Têm de se tirar do lugar, pô-los noutro sítio à distância para se verem. Por exemplo, num espelho. (...) A gente derruba a divindade e fica lá o altar. A gente derruba o altar e fica a igreja. A gente derruba a igreja e fica lá o sítio dela. A gente derruba tudo e fica ainda o gesto de derrubar. O gesto de derrubar é que é difícil. (...) como glorificar o gesto, sem glorificar o gesticulador? A como glorificar seja o que for, sem lhe erguer um altar? (...) Mas erguido o altar, tudo o mais vem por si, desde a igreja ao padre, ao sacristão. E às beatas."
― Vergílio Ferreira, Nítido Nulo, p. 266, Quetzal.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Ainda sobre Camões nos seus 500 anos

Publicações coevas das obras de Camões:
• Os Lusíadas (poesia épica, 1572, 1584, 1591, 1597, 1609, 1612, 1639, 1817) [ref];
• El-Rei Seleuco (teatro, 1587, 1616, 1654); 
• Auto de Filodemo (teatro, 1587); 
• Anfitriões (teatro, 1587);
• Rimas (poesia lírica, 1595, 1598, 1616, 1668, 1685-1689, 1861, 1932, 1953);
• Cartas (prosa epistolar, 1595).

Epopeia:
• Os Lusíadas
Teatro:
• El-Rei Seleuco
• Auto de Filodemo
• Anfitriões
Rimas:
• Canções
• Éclogas
• Elegias
• Epigramas
• Odes
• Oitavas
• Redondilhas
• Sextinas
• Sonetos
Cartas:
• Carta de Ceuta
• Carta de Goa
• Outra carta de Goa

«A conclusão a tirar é a de que tudo o que se pode com segurança dizer sobre as origens sociais de Camões é que era filho do cavaleiro-fidalgo Simão Vaz e era, ele próprio, homem sujeito a foro plebeu. São obscuros os pontos do sangue ― se cristão-novo ou velho ― e da filiação, se legítima se ilegítima. A pobreza é certa. E entre esses negrumes ― pobreza, bastardia, sangue hebraico ― se hão-de procurar as infelizes estrelas do nascimento.» (JHS, Vida ignorada, p. 47)

«Pode, portanto e por agora, dar-se por assente o seguinte (JHS, Vida ignorada, p. 185):
a) Camões manteve uma ligação amorosa com uma jovem, que era a imagem e semelhança da sua ama, D. Violante de Andrade;
b) Isso valeu-lhe uma perseguição, o desamor da ama, antiga amante, e o ciúme entre esta e a amada jovem;
c) A jovem morreu muito nova e foi sepultada no mar;
d) A essa jovem chama Camões, na écloga, Natércia e, em dois sonetos, Dinamene;
e) Foram cometidas falsificações de documentos para ocultar a identificação quer de Violante de Andrade, quer da jovem amada, filha dela;
f) O autor de uma dessas falsificações (a da Igreja das Chagas) foi Diogo Paiva de Andrade, sobrinho de D. Violante e primo direito da filha desta;
g) Há alguns indícios de as falsificações terem todas e mesma origem, sendo possível encontrar relações entre qualquer delas e Diogo Paiva.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Cronologia de Luís Vaz de Camões (1524-1580)

Quando que se começar a ler o que vem abaixo, ficar-se-á sem qualquer dúvida: eu segui o ponto de vista de José Hermano Saraiva. Estando longe de ser o definitivamente estabelecido, parece-me que é, ao menos, o mais conservador, o que não multiplica desnecessàriamente as entidades (Ockham's razor). Por exemplo, JHS só vê duas mulheres na poesia de Camões: Violante (= ama, Belisa, Aurora, Circe, Dóris) e Joana (= Aónia, Diana, Ana, Natércia, Nise, Alcida, Dinamene, Tétis). Não vê Caterinas, nem Isabéis, nem infantas Marias, nem Tin-Nam-Menes. Também não se desvia das poucas certezas que se podem ter sobre Camões: foi preso na prisão dos plebeus, o Tronco, logo não era fidalgo; a tença de 15 000 réis por ano em 1572 dava 42 réis por dia, tanto quanto um mendigo poderia esperar ganhar (era uma esmola, portanto), logo não viveu os seus últimos anos confortàvelmente; etc. A partir daqui, é tudo conjectura, mas JHS guia-se pelos costumes e leis do século XVI português, pela ética das grandes famílias nobiliárquicas (Camões está indelèvelmente ligado aos Noronhas) e pelo que o poeta diz de si próprio nos seus textos, mesmo nalguns de atribuição duvidosa ― tudo coisas que JHS conhece bem. E assim comemoro eu, modestamente, o qüinqüicentenário do nascimento do poeta, se aceitarmos a data de 1524 como certa.

1524
Nasce em data incerta neste ano ou no seguinte (ou certamente algures entre os anos de 1517 e 1525). A família é de Vilar de Nantes, concelho de Chaves, onde ele pode ou não ter nascido. Nasce plebeu e nada tem em parentesco com os fidalgos galegos de apelido Camões. Filho de Simão Vaz (que aparece como morador em Lisboa, à Mouraria, em 1550, e como cavaleiro-fidalgo num documento autêntico de 1553) e de Ana de Sá, é possível que tenha apenas usado o nome Luís Vaz e só mais tarde adicionado Camões.

1530
O 1.º conde de Linhares contratou o casamento do seu filho segundo, Dom Francisco de Noronha (c. 1504-1574) com Violante Andrade (c. 1522-c. 1600), filha mais velha de Fernand'Álvares (14??-1552, v. JHS, Vida ignorada, p. 237), tesoureiro-mor do rei. O dote da noiva seria entregue «ao marido logo que o matrimónio se consumasse, o que deveria suceder até ao São João de 1534, que era quando a noiva fazia 12 anos» (JHS, Vida ignorada, pp. 102s).

1534
Foi servir como escudeiro na casa de Francisco e Violante, provàvelmente em São Martinho do Bispo (Coimbra) onde aquele tinha uma comenda da Ordem de Cristo; Fernand'Álvares já chamava genro a Francisco em 1533, e é certo que já estariam casados nos princípios de 1535. Como o próprio poeta diz, foi criado nas margens do Mondego.

1535
Neste ano ou no seguinte, nasce o primeiro filho de Francisco e Violante, António, que morrerá com 17 anos em 1553 e a quem Camões há-de fazer várias poemas que são, na verdade, cartas destinadas a Violante.

1538
Neste ano ou no seguinte, nasce o segundo filho de Francisco e Violante, Fernando (morrerá aos 70 anos em 1609).

1540
Entre 1539 e 1541, nasce Joana, terceira filha de Francisco e Violante, que, segundo JHS, é a Dinamene de Camões, «imagem e semelhança da sua ama» (JHS, Vida ignorada, p. 165), e que morrerá na viagem para a Índia em 1550. 
Entretanto, Francisco é nomeado (24 de Novembro de 1540) embaixador junto do rei de França, e no fim do ano parte para Paris. Violante fica em Portugal; é nesta época que nasce o sentimento de Luís Vaz pela ama (a mulher do amo), que seria apenas dois anos mais velha do que ele. 
Início dos períodos criativos de Camões; primeiros textos conhecidos do poeta.

1541
Neste ano ou no seguinte começam os amores de Camões com Violante (JHS, Vida ignorada, p. 176); ele teria uns 16 ou 17 anos, e ela 18 ou 19 (mas já era mãe de três crianças).

1544
Francisco regressa de França e instala-se com a família (incluindo o escudeiro Camões) em Lisboa. Para o poeta, esta terra era triste sítio, entre gente estranha ― isto parece indicar que ele nunca lá teria estado.
É improvável que Camões, enquanto viveu perto de Coimbra, tenha estudado quer na universidade, quer no mosteiro de Santa Cruz. Não se encontra o seu nome nas listas de matriculados e Dom Bento de Camões, que «[o]s biógrafos clássicos (...) julgaram, sem razão, ter sido seu tio e protector» (MLS, Sonetos, p. 253) e que era à época prior de Santa Cruz e cancelário da universidade, nada deve ter tido a ver com Luís Vaz. Os livros que o poeta terá lido em jovem (Petrarca, Garcilaso) deveriam pertencer à biblioteca da casa de Francisco e Violante; Camões só terá sido instruído informalmente e/ou autodidàcticamente, como JHS constantemente lembra e ele próprio o diz n'Os Lusíadas (canto X, estrofe 154): nem me falta na vida honesto estudo, /com longa experiência misturado, /nem engenho (...) ― estudou na vida, com experiência e engenho.

1547
No período 1544-1547, em Lisboa, é possível que os amores entre Violante e Camões tenham sido descobertos na côrte e causado o desterro do poeta em Ceuta (JHS, Vida ignorada, p. 214). Parte para Ceuta, onde está 2 anos. O capitão-geral de Ceuta é Dom Afonso de Noronha (de 1540 a 1549), primo co-irmão de Dom Francisco de Noronha, e que havia de ser vice-rei da Índia.
Nos meados do ano, Francisco faz a sua segunda viagem a França (em 3 de Novembro de 1547 está em Melun), de onde regressa antes do Verão de 1548 (o rei dá-lhe licença para regressar em 13 de Março; em 2 de Julho já estava em Lisboa); é possível que ele tenha achado mais prudente fazer-se acompanhar da mulher («a adúltera senhora», v. JHS, Vida ignorada, p. 166). 
Fim do primeiro período criativo de Camões, o «ciclo idílico» (1540-1547), segundo a periodização de JHS. «As imitações de Petrarca marcam a primeira fase poética de Camões; é provável que tenha feito a sua aprendizagem dos poetas mais em voga no seu tempo» (MLS, Sonetos, p. 51). «(...) ciclo da descoberta do amor» (MLS, Sonetos, p. 53). «A ingenuidade temática e a simplicidade da construção são muito características da fase juvenil» (MLS, Sonetos, p. 54). Serão deste período
as éclogas:
• Cantando por um vale docemente (écloga IV)
as elegias:
• Correntes águas frias do Mondego (datável de 1544)
as odes:
• Pode um desejo imenso (ode VI)
os sonetos:
• Amor é fogo que arde sem se ver
• Criou a Natureza damas belas
• Eu cantarei de amor tão docemente
• Onde mereci eu tal pensamento
• Quando da bela vista e doce riso
• Quem diz que Amor é falso ou enganosos
• Quem quiser ver d'Amor uma excelência
• Se em mim, ó Alma, vive mais lembrança
• Tanto de meu estado me acho incerto
• Um mover de olhos, brando e piedosos

1548
Regressa de Ceuta. Foi depois do serviço em Ceuta que descobriu a «beleza da pálida violeta que amanhecia (...) É pois entre 1547 e 1550 que a vida de Camões é dominada pelos amores daquela em quem via a imagem e semelhança da sua ama» (JHS, Vida ignorada, p. 167), ainda que o casamento com a filha não devesse interferir no sentimento que o poeta tinha para com a mãe.

1550
Sofre uma perseguição judiciária. As razões são desconhecidas, mas é possível que estejam relacionadas com Joana, que Violante lhe teria prometido em casamento, o que seria socialmente (e judicialmente) impossível. Joana foi despachada para a Índia na armada que partiu em Abril (sob o comando do novo vice-rei, Dom Afonso de Noronha) e Camões foi preso (ainda pretendeu embarcar também para a Índia, mas foi impedido: teve de apresentar fiador porque já estava condenado, e foi o seu pai, Simão Vaz, que foi o fiador; JHS, Vida ignorada, p. 197, p. 264); como escudeiro de um comendador da Ordem de Cristo, o cárcere seria um dos da Ordem (e à beira-Tejo, a uma areia de rochas coroada, por exemplo, Almourol), e não um dos do rei; a tradição situa-o em Punhete (hoje Constância) e JHS diz que só pode ter sido nos calabouços do velho castelo (em prisões baixas fui um tempo atado; v. MLS, Sonetos, pp. 203-204). 

1551
Foi libertado da prisão depois do Verão, talvez no fim do ano. A notícia da morte de Joana teria chegado com a volta da armada da Índia, entre Julho e Setembro; com a morte da «vítima», a sentença judicial perdeu efeito.

1552
Um documento prova que, no dia 16 de Junho (dia do Corpo de Deus), em Lisboa, Camões dá uma cutilada num criado do paço e é preso na cadeia do Tronco de Lisboa (a prisão dos plebeus; se fosse fidalgo teria ido para o Limoeiro); isto também indica que teria deixado de servir o comendador da Ordem de Cristo, já que foi preso numa prisão real. De acordo com as Ordenações, todos os acusados eram submetidos à tortura; é improvável que Camões tenha sido isentado. «A tortura normalmente usada na instrução judiciária era o trato da polé. O preso era estendido numa tábua e amarrado a cordas que eram esticadas por uma polé (...) Em geral, a polé não matava, sobretudo se o preso era jovem. Mas deixava vestígios para a vida inteira. Os ossos desengonçavam-se, os ligamentos musculares rompiam-se e, com os anos, surgiam artroses, deformidades ósseas, insensibilidade de tecidos. (...) A marcha tornava-se penosa e, com a meia-idade, podia ter de ser auxiliada com muletas.» (JHS, Vida ignorada, p. 249). 

1553
Apresenta ao rei uma petição de perdão (23 de Fevereiro) e é libertado em troca do pagamento de 4000 réis, de fiador (Belchior Barreto, um financeiro; o pai, Simão Vaz, ou já tinha morrido ou se tinha incompatibilizado com o filho pelas prisões) e de serviço na Índia (três anos, mínimo), para onde parte na armada que saiu em 24 de Março; chega a Cochim em Setembro. O vice-rei em Goa (de 1550 a 1554) é Dom Afonso de Noronha, primo co-irmão de Dom Francisco de Noronha, que tinha sido capitão-geral de Ceuta.
Já na Índia, no fim do ano, o poeta escreve a elegia O poeta Simónides a António, filho de Francisco e Violante, poema que é na verdade uma carta para Violante, e que enviou na armada que saiu de Goa em Janeiro de 1554; mas António tinha morrido no dia 18 de Abril de 1553, em Ceuta (para onde tinha sido mandado para que «não casasse com uma dama a que era afeiçoado»; JHS, Vida ignorada, p. 199) e Camões só pode ter recebido a notícia com a chegada a Goa (Março de 1554) da armada que tinha saído de Lisboa em 3 de Outubro de 1553 (JHS, Vida ignorada, p. 268).

Retrato de Camões feito em Goa por autor desconhecido em 1556, presume-se que tirado do natural. Pergaminho medindo 217 × 145 mm, pela técnica da iluminura e cartografia do séc. XVI. «O chamado retrato de Camões na prisão foi revelado por Maria Antonieta Soares de Azevedo em 1972 e parece anterior ao de Fernão Gomes e ao da casa Rio Maior.» ― Vasco Graça Moura, Diário de Notícias de 09 Outubro 2013.

1554
Fim do segundo período criativo de Camões, o «ciclo dramático» (1547-1554), «uma fase diferente na lírica, mais dramática, com uma estrutura filosófica concentrada e uma atitude fundamentalmente pessimista» (MLS, Sonetos, p. 113). «O ciclo da crise sentimental, que antecede a fase intelectualizada da poesia do exílio (...), é o de maior altura lírica e mais comunicativa beleza verbal» (MLS, Sonetos, p. 115). Serão deste período 
as canções:
• Junto de um seco, fero e estéril monte (datável de 1554 ou 1555).
as éclogas:
• De quanto alento e gosto me causava (datável de 1552).
• Nas ribeiras do Tejo, a uma areia.
as elegias:
• O poeta Simónides (datável de 1554);
os sonetos:
• Ah! minha Dinamene, assim deixaste
• Alma minha gentil, que te partiste
• Aquela triste e leda madrugada
• Cara minha inimiga, em cuja mão
• Em prisões baixas fui um tempo atado
• O cisne, quando sente ser chegada
• Outro Sol, outra Aurora, outro Oriente (datável de 1550-1551)
• Presença bela, angélica figura
• Suspiros inflamados, que cantais

1567
Regressa de Macau para Goa, na qual viagem acontece o naufrágio na foz do rio Mècongue.

Retrato de Camões (fac-símile) feito em Lisboa pelo pintor Fernão Gomes (1548–1612), presume-se que tirado do natural em 1570, isto é, pouco depois da sua chegada da Índia. Cópia de Luis José Pereira de Resende (1760–1847), feita em 1830/40. Desenho aguarelado sobre papel, 460 × 310 mm. Lisboa, Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo, Inv.nº: C.F. 200 / 3347. Imagem compulsada daqui.

1569
Regressa a Lisboa, «capitulado», com culpas estabelecidas. Tem de passar tempo na ilha de Moçambique. Na mesma viagem de regresso vem o cronista Diogo do Couto, amigo de Camões e que nos dá a notícia de Moçambique (JHS, Vida ignorada, p. 181).

1571
Diogo do Couto deixou Camões em Lisboa. «Os Lusíadas mereceram aprovação do Santo Ofício e aparece um mecenas que financia a custosa edição» (JHS, Vida ignorada, p. 184).

1572
Saem dos prelos as duas primeiras edições d'Os Lusíadas
Fim do terceiro período criativo de Camões, o «ciclo elegíaco» (1555-1572). Serão deste período o épico Os Lusíadas, e 
as odes:
• Aquele único exemplo (datável de 1563)
os sonetos:
• Busque amor novas artes, novo engenho
• Em prisões baixas fui um tempo atado,
• Erros meus, má fortuna, amor ardente
• Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
• No mundo, poucos anos e cansados (datável de 1554 ou 1555)
• Sete anos de pastor Jacob servia.

1578
Dom Martinho de Castelo Branco, filho do conde de Vila Nova de Portimão, morreu na batalha de Alcácer Quibir; no inventário dos seus bens aparecem «hum lliuro que se chama do Camoins» e «outro liurinho», e noutra lista do espólio «hum liuro de Luis de Camoes; outro liuro piqueno dorlando em Italiano», sendo esta último o Orlando Furioso de Ariosto, que se sabe ter sido uma das fontes d'Os Lusíadas. O «livro que se chama do Camões» seriam, verosìmilmente, Os Lusíadas, e a forma como se designava o poeta mostra que o nome de Camões era conhecido; por ele se identificava a obra (JHS, Vida ignorada, pp. 80-81).
Uma anedota sobre Camões encontrada nos Ditos Portugueses «constitui talvez a mais antiga referência a'Os Lusíadas que até nós chegou» (JHS, Vida ignorada, p. 252). Como os Ditos Portugueses nunca referem a batalha de Alcácer Quibir, esta notícia será posterior a 1572, mas anterior a 1578. 

Retrato de Camões feito em Goa por autor desconhecido em 1581 (portanto, forçosamente póstumo). «Trata-se de uma miniatura, pertencente à colecção dos marqueses de Rio Maior, bastante reproduzida, mas ainda não estudada, pelo menos com a mesma minúcia com que Maria Antonieta Soares de Azevedo estudou o primeiro.» ― Carmo Azevedo, e vale a pena ler este seu excelente texto sobre os 3 retratos coevos de Camões.

1580
Morre em Lisboa, provàvelmente no dia 10 de Junho. A tradição mantém, sem provas, que é inumado na igreja de Santa Ana; em 1594, Dom Gonçalo Coutinho, único protector do poeta nos derradeiros anos da vida, manda colocar um lápide tumular. O soneto Os reinos e os impérios poderosos, feito ao herdeiro do ducado de Bragança, Dom Teodósio, terá sido escrito após o regresso deste a Lisboa, o que ocorreu a 15 de Março de 1580, e que parece indicar que Camões seria partidário de Dona Caterina durante a indefinição dinástica. 
Fim do quarto e último período criativo de Camões, o «ciclo final» (1572-1580), após o regresso do Oriente e da publicação d'Os Lusíadas. «A perfeição escorreita da forma comprova exactamente o que o Poeta se propôs demonstrar: a sua virtuosidade no manejo do verso e na construção do soneto» (MLS, Sonetos, p. 250). «(...) gosto rebuscado, complexo, que marca todas as poesias pertencentes aos últimos anos da vida de Camões» (MLS, Sonetos, p. 253). «(...) musculatura lógica do texto, raciocinado, desnudado já da sedução lírica e da vibração dramática das primeiras fases» (MLS, Sonetos, p. 254). Serão deste período 
as elegias:
Divino, almo pastor.
os sonetos:
A ti, Senhor, a quem as sacras musas
• De tão divino acento em voz humana
• Dizei, Senhora, da Beleza ideia
Enquanto quis fortuna que tivesse
• Os reinos e os impérios poderosos (datável de 1580)
Tal mostra dá de si vossa figura

Principal bibliografia seguida:
• José Hermano Saraiva (1993-2013) Programas vários. RTP.
• José Hermano Saraiva (1978) Vida ignorada de Camões, 1.ª edição. Colecção «Estudos e Documentos» N.º 141. Publicações Europa-América.
• Maria de Lourdes Saraiva (1975) Camões. Sonetos. Colecção «Livros de Bolso» N.º 106 (edição de 1990). Publicações Europa-América.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Feliz Natal de Jesus!

Presépio da Basílica da Estrela, obra dirigida por Joaquim Machado de Castro (1731-1822) nos anos de 1781-1786. É o primeiro presépio que representa a Adoração dos Magos e a Matança dos Inocentes Imagem tirada daqui.

sábado, 16 de dezembro de 2023

Pequeno Vocabulário de Ortografia Etimológica e Pseudo-Etimológica

Isto é apenas uma apanhado; não é um estudo. Eu não sei se a etimologia correcta é assim (daí o adjectivo «pseudo-etimológica»), mas era de certeza assim que se escreviam as palavras de raiz latina e/ou grega do século XVI a 1911 (usei um dicionário de c. 1900, para além de várias listas encontradas avulso na internet e edições oitocentistas de livros ― por exemplo, tenho lido Camilo nas primeiras edições). Basta também conhecer um pouco de inglês (e mesmo de francês), que usa uma grafia tão etimológica, para reconhecer estes archæophyllotheo e todo o manancial inacreditável de consoantes dobradas que em boa hora Gonçalves Viana se lembrou de eliminar da língua portuguesa. Esta lista, fi-la para mim próprio ― não preconizo a adopção desta grafia oficialmente, ainda que, com as normas (ou ausência delas) de 1990, tudo pareça valer.

A
abbade ― abade
abducção ― abdução
abhorrecer ― aborrecer
abscesso ― abcesso
absintho ― absinto
absorpção ― absorção
abstrahir ― abstrair
abysmo ― abismo
abysso ― abisso
acantho ― acanto
acceder ― aceder
accento ― acento
accepção ― acepção ― aceção
accessão ― acessão
accessorio ― acessório
accidente ― acidente
accionar ― acionar
acclamação ― aclamação
acclimação ― aclimação
accommodar ― acomodar
accordar ― acordar
accrescentar ― acrescentar
accudir ― acudir
accumular ― acumular
accusar ― acusar
acensão ― ascensão
Achilles ― Aquiles
acolytho ―acólito
acommetter ― acometer
acquiescer ― aquiescer
acquisição ― aquisição
addiar ― adiar
addido ― adido
adducção ― adução
adeante ― adiante
adempção ― adenção 
adhesão ― adesão
admittir ― admitir
adstricto ― adstrito
æthologia ― etologia
affagar ― afagar
affastar ― afastar
affeiçoar ― afeiçoar
affirmar ― afirmar
affixar ― afixar
afflicção ― aflição
afflicto ― aflito
affrontar ― afrontar
affluencia ― afluência
agglomerar ― aglomerar
agglutinar ― aglutinar
aggravar ― agravar
aggredir ― agredir
aggregar ― agregar
agoa ― água
ahi ― aí
albarran ― albarrã
alchimista ― alquimista
alcohol ― álcool
aldea ― aldeia
Alemtejo ― Alentejo
alhea ― alheia
alizar ― alisar
allantoina ― alantoína
allegar ― alegar
allegorico ― alegórico
allelluia ― aleluia
alli ― ali
alliança ― aliança
alliciar ― aliciar
alliviar ― aliviar
allocução ― alocução
allodial ― alodial
allopathico ― alopático
allusão ― alusão
alluvial ― aluvial
alphabeto ― alfabeto
altisonante ― altissonante
alumno ― aluno
amarello ― amarelo
amblyope ― amblíope
ammonia ― amónia
amollecer ― amolecer
amphibio ― anfíbio
amphitheatro ― anfiteatro
amphitryão ― anfitrião
amphora ― ânfora
amygdala ― amígdala
anachoreta ― anacoreta
anachronico ― anacrónico
analysar ― analisar
analyse ― análise
anathema ― anátema
androgyno ― andrógino
anecdota ― anedota
anesthesia ― anestesia
anhelante ― anelante
anhydro ― anidro
animaes ― animais
annel ― anel
annexo ― anexo
anniquilar ― aniquilar
anniversario ― aniversário
anno ― ano
annotação ― anotação
annuir ― anuir
annullar ― anular
annunciar ― anunciar
annuviar ― anuviar
anodyno ― anódino
anonymo ― anónimo
antehistorico ― ante-histórico
antehontem ― anteontem
antenna ― antena
anthera ― antera
anthologia ― antologia
anthraz ― antraz
anthropologo ― antropólogo
anthropophago ― antropófago
antipathico ― antipático
antithese ― antítese
apathico ― apático
aphasia ― afasia
aphonico ― afónico
aphoristico ― aforístico
aphrodisiaco ― afrodisíaco
aphta ― afta
apocalypse ― apocalipse
apocrypho ― apócrifo
apophyse  apófise
apostilla ― apostila
apostropho ― apóstrofo
apotheose ― apoteose
apoz ― após
apparar ― aparar
apparecer ― aparecer
apparelho ― aparelho
appellido ― apelido
appello ― apelo
appendix ― apêndice
appetecer ― apetecer
applaudir ― aplaudir
applicar ― aplicar
appoiar ― apoiar
apprehender ― apreender
appropinquar ― apropinquar
approvar ― aprovar
approximar ― aproximar
aquarella, aguarella ― aquarela, aguarela
aquella, aquelle ― aquela, aquele
arachnideo ― aracnídeo 
archaismo ― arcaísmo
archæologo ― arqueólogo
archetypo ― arquétipo
archiduqueza ― arquiduquesa
archipelago ― arquipélago
architectura ― arquitectura ― arquitetura
archivo ― arquivo
argilla ― argila
arithmetica ― aritmética
armillar ― armilar
arremetter ― arremeter
arripiar ― arrepiar
arthritico ― artrítico
asphyxia ― asfixia
assemblea ― assembléia ― assembleia
assignatura ― assinatura
assucar ― açúcar
assumpção ― assunção
assumpto ― assunto
asthma ― asma
asylo ― asilo
asymetria ― assimetria
asyndeton ― assíndeto
atheu ― ateu
athletico ― atlético
atmosphera ― atmosfera
atravez ― através
atraz ― atrás
attenção ― atenção
attestar ― atestar
attico ― ático
attingir ― atingir
attrahir ― atrair
attribuir ― atribuir
aucthor ― autor
augmentar ― aumentar
authentico ― autêntico
autumnal, outomnal ― autunal, outonal 
az ― ás
azimuth ― azimute
azues ― azúis
azymo ― ázimo

B
bacchico ― báquico
Baccho ― Baco
bahia ― baía
bahú ― baú
ballada ― balada
ballastro ― balastro
ballistica ― balística
baptismo ― batismo
baptista ― batista
baryo ― bário
barytono ― barítono
batrachio ― batráquio
belleza ― beleza
bellico ― bélico
bello ― belo
bemdito ― bendito
bemvindo ― bem-vindo
beringela ― berinjela
bibliographia ― bibliografia
bibliotheca ― biblioteca
biennio ― biénio
billião ― bilião
blasphemia ― blasfémia
blennorrhagia ― blenorragia
bocca ― boca
boccado ― bocado
bohemio ― boémio
bonhomia ― bonomia
boyardo ― boiardo
branchias ― brânquias
Brazil ― Brasil
britannica ― britânica
bronchite ― bronquite
bulla ― bula
burguez ― burguês
byzantino ― bizantino

C
cabelleira ― cabeleira
cachetico ― caquético
cacophonia ― cacofonia
cadella ― cadela
caes ― cais
çafio ― safio
cahir ― cair
cahique ― caiaque
calix ― cálice
callar ― calar
calligraphia ― caligrafia
Callixto ― Calisto
callo ― calo
çaloio ― saloio
calumnia ― calúnia
camellia ― camélia
Çamora ― Samora
camphora ― cânfora
camponez ― camponês
canalisação ― canalização
cancellar ― cancelar
cancellario ― cancelário
candieiro ― candeeiro
canna ― cana
cannibal ― canibal
cantharida ― cantárida
çapato ― sapato
capillar ― capilar
cappella ― capela
çarça ― sarça
caryatide ― cariátide
castello ― castelo
catarrho ― catarro
catastrophe ― catástrofe
catechese ― catequese
cathartico ― catártico
cathalogo ― catálogo
cathedra ― cátedra
catheter ― catéter
catholico ― católico
cautella ― cautela
cavallo ― cavalo
cavillar ― cavilar
céo ― céu
chale, chaile ― xale, xaile
cheik ― xeique, xeque
chimera ― quimera
chimica ― química
chlorhydrato ― cloridrato
chlorophylla ― clorofila
cholera ― cólera
christão ― cristão
chronica ― crónica
cincoenta ― cinquenta ― cinqüenta
circummurado ― circumurado
civilisação ― civilização
coherencia ― coerência
collar ― colar
collecção ― colecção ― coleção
collocar ― colocar
collutorio ― colutório
colonisação ― colonização
columna ― coluna
commercio ― comércio
commigo ― comigo
commissão ― comissão
commoção ― comoção
communicação ― comunicação
comnosco ― connosco ― conosco
comprehensão ― compreensão
comsigo ― consigo
comtigo ― contigo
comtudo ― contudo
commummente ― comummente ― comumente
comvosco ― convosco
concepto ― conceito
conciencia ― consciência
concio ―cônscio
condemnar ― condenar
conducção ― condução
conducto ― conduto
conflicto ― conflito
cosinheira ― cozinheira
craneo ― crânio
creação ― criação
creança ― criança
crystal ― cristal
crystallino ― cristalino
çumagre ― sumagre
cyclo ― ciclo
cysne ― cisne

D
dacta ― data
dactylographa ― dactilógrafa ― datilógrafa
dahlia ― dália
damno ― dano
decer ― descer
Deos ― Deus
descriptivo ― descritivo
descripção ― descrição
deshonra ― desonra
deshumano ― desumano
dextra ― destra
diccionario ― dicionário
dicipulo ― discípulo
dicotyledoneas ― dicotiledóneas
dictado ― ditado
differente ― diferente
difficil ― difícil
diphthongo ― ditongo
director ― diretor
distrahido ― distraído

E
ecclesiastico ― eclesiástico
echo ― eco
echoar ― ecoar
edade ― idade
effeito ― efeito
efficaz ― eficaz
egreja ― igreja
ella, elle ― ela, ele
emfim ― enfim
emmalar ― emalar
emmoldurar ― emoldurar
emmudecer ― emudecer
emmurchecer ― emurchecer
enlanguecer ― enlanguescer
ennegrecer ― enegrecer
ennevoar ― enevoar
ennodoar ― enodoar
ephemera ― efémera
epocha ― época
escripta ― escrita
escriptorio ― escritório
escriptura ― escritura
esphera ― esfera
estadoal ― estadual
estylo ― estilo
ethnico ― étnico
exhausto ― exausto
exhibição ― exibição
exhuberante ― exuberante
extincção ― extinção
extranjeiro ― estrangeiro
Extremadura ― Estremadura

F
fachina ― faxina
fakir ― faquir
falla ― fala
fallacia ― falácia
fallecer ― falecer
fallivel ― falível
farpella ― farpela
felix ― feliz
fertilisar ― fertilizar
flaccido ― flácido
flagellar ― flagelar
flammavel ― flamável
flammejante ― flamejante
flocco ― floco
florecer ― florescer
folgasão ― folgazão
folle ― fole
fontanella ― fontanela
formalisar ― formalizar
fossilisar ― fossilizar
freguez ― freguês
fructa ― fruta
fructifero ― frutífero
funcção ― função
funccionario ― funcionário
fusil ― fuzil

G
gallinha ― galinha
gallo ― galo
gazosa ― gasosa
geito ― jeito
gemma ― gema
geographia ― geografia
George ― Jorge
geraes ― gerais
glycerina ― glicerina
glycinia ― glicínia
gomma ― goma
gothico ― gótico
gotta ― gota
Goyaz ― Goiás
grammatica ― gramática
grillo ― grilo
gymnasio ― ginásio
gypso ― gesso
gyroscopio ― giroscópio

H
helix ― hélice
hellenico ― helénico
hemispherio ― hemisfério
hemoptyse ― hemoptise
hemorrhagia ― hemorragia
herba ― erva
hereje ― herege
hermaphrodita ― hermafrodita
heroe ― herói
Hespanha ― Espanha
hespanhol ― espanhol
hieroglypho ― hieróglifo
hippodromo ― hipódromo
hippopotamo ― hipopótamo
hir ― ir
Hollanda ― Holanda
hombro ― ombro
homemzarrão ― homenzarrão
homemzinho ― homenzinho
homonymia ― homonímia
hontem ― ontem
horisonte ― horizonte
horrorisar ― horrorizar
hortelan ― hortelã
hum, hũu ― um
huma, hũa ― uma
humbral ― umbral
humero ― úmero
hyaloide ― hialóide ― hialoide
hybrido ― híbrido
hydra ― hidra
hydraulica ― hidráulica
hydrocephalia ― hidrocefalia
hydrodynamica ― hidrodinâmica
hydroelectrico ― hidroeléctrico ― hidroelétrico
hydrogeneo ― hidrogénio
hydrographico ― hidrográfico
hydrophobico ― hidrofóbico
hyena ― hiena
hygiene ― higiene
hymen ― hímen
hymno ― hino
hyoide ― hióide
hypallage ― hipálage
hyperbole ― hipérbole
hypertrophia ― hipertrofia
hyphen ― hífen
hypnotico ― hipnótico
hypochondria ― hipocondria
hypotheca ― hipoteca
hypothese ― hipótese
hyssope ― hissope
hysterico ― histérico

I

ichthyologia ― ictiologia
idea ― idéia ― ideia
ideogramma ― ideograma
ideopathia ― ideopatia
idyllio ― idílio
Ignacio ― Inácio
Ignez ― Inês
ilhéo ― ilhéu
illação ― ilação
illegal ― ilegal
illegitimo ― ilegítimo
illegivel ― ilegível
illeso ― ileso
illettrado ― iletrado
illibar ― ilibar
illuminado ― iluminado
illusão ― ilusão
illustração ― ilustração
illustre ― ilustre
immaculada ― imaculada
immanencia ― imanência
immaterial ― imaterial
immaturo ― imaturo
immediato ― imediato
immenso ― imenso
immergente ― imergente
immigrar ― imigrar
immovel ― imóvel
immundo ― imundo
immune ― imune
impeccavel ― impecável
impellir ― impelir
imprecindivel ― imprescindível
inacceitavel ― inaceitável
inadherente ― inaderente
inappetencia ― inapetência
inapplicavel ― inaplicável
inattingivel ― inatingível
indemnisavel ― indemnizável ― indenizável
index ― índice
inglez ― inglês
inhabil ― inábil
inhabitar ― inabitar
inhalar ― inalar
inharmonia ― inarmonia
inherencia ― inerência
inhibir ― inibir
inhospito ― inóspito
inhumar ― inumar
injuncção ― injunção
inmaculado ― imaculado
inmaturo ― imaturo
inmenso ― imenso
innato ― inato
innavegavel ― inavegável
innegavel ― inegável
innervação ― inervação
innocencia ― inocência
innominado ― inominado
innovação ― inovação
innumeravel ― inumerável
innundar ― inundar
insomnia ― insónia
instincto ― instinto
instrucção ― instrução
instructor ― instrutor
intellecto ― intelecto ― inteleto
intelligente ― inteligente
intelligivel ― inteligível
interdicto ― interdito
interpellar ― interpelar
interstellar ― interestelar
intervallar ― intervalar
introducção ― introdução
introductivo ― introdutivo
irreductivel ― irredutível
ischemia ― isquémia
ischion ― ísquio
Islam ― Islão ― Islã
isochrono ― isócrono
isthmo ― istmo

J
jacintho ― jacinto
janella ― janela
jerarchia, hierarchia ― jerarquia, hierarquia
joven ― jovem
juncção ― junção
jury ― júri
juxtalinear ― justalinear
juxtapor ― justapôr ― justapor

K
kagado ― cágado
kaleydoscopio ― caleidoscópio
kepi ― quépi
kermesse ― quermesse
kilogramma ― quilograma
kilometro ― quilómetro
kysto ― quisto

L
labyrintho ― labirinto
lagryma ― lágrima
lan ― lã
larynge ― laringe
legalisar ― legalizar
lemma ― lema
lethal ― letal
lethargico ― letárgico
lettra ― letra
libretto ― libreto
licção ― lição
lichen ― líquen
limitrophe ― limitrofe
lioz ― liós
lithio ― lítio
lithico ― lítico
lithographico ― litográfico
litteral ― literal
litteratura ― literatura
Lixboa ― Lisboa
logar ― lugar
logarithmo ― logaritmo
lucta ― luta
Luiz ― Luís
lunch ― lanche
lutherano ― luterano
lyceo ― liceu
lympha ― linfa
lynx ― lince
lyra ― lyra
lyrico ― lírico
lyrio ― lírio

M
machiavellico ― maquiavélico
machina ― máquina
Magdalena ― Madalena
magestade ― majestade
mahometano ― maometano
mãi ― mãe
malleavel ― maleável
mallogro ― malogro
mamillo ― mamilo
mamma ― mama
mangedoura ― manjedoura
mangerona ― manjerona
mangerico ― manjerico 
manhan ― manhã
manuscripto ― manuscrito
mappa ― mapa
marquez ― marquês
martellar ― martelar
martyr ― mártir
martyrio ― martírio
mastareo ― mastaréu
mathematica ― matemática
matta ― mata
mausoleo ― mausoléu
maxillar ― maxilar
mazella ― mazela
mazurka ― mazurca
mean ― meã, meão
mechanica ― mecânica
medulla ― medula
melancholia ― melancolia
melloso ― meloso
mephistophelico ― mefistofélico
metallico ― metálico
metallurgia ― metalurgia
metaphora ― metáfora
methodo ― método
metonymia ― metonímia
metter ― meter
meza ― mesa
michordia ― mixórdia
millesima ― milésima
millionario ― milionário
minino ― menino
misanthropo ― misantropo
miscellanea ― miscelânea9
misogyno ― misógino
mixto ― misto
mobilisar ― mobilizar 
molle ― mole
mollusco ― molusco
monachato ― monacato
monarchia ― monarquia
morcella ― morcela
morphico ― mórfico
mũito ― muito
musulmano ― muçulmano
myalgia ― mialgia
mylord ― milorde
myologia ― miologia
myope ― míope
myriade ― miríade
myrto, myrtilo ― mirto, mirtilo
mysterio ― mistério
mystica ― mística
mythico ― mítico

N
nacença ― nascença
nacer ― nascer
nacimento ― nascimento
naphtha ― nafta
necio ― néscio
neophyto ― neófito
nephrite ― nefrite
nickel ― níquel
nobiliarchico ― nobiliárquico
novella ― novela
novello ― novelo
nullidade ― nulidade
nullo ― nulo
nympha ― ninfa

O
obstrucção ― obstrução
obstructivo ― obstrutivo
occasião ― ocasião
Occidente ― Ocidente
occipital ― ocipital
occlusão ― oclusão
occorrencia ― ocorrência
occultar ― ocultar
occupar ― ocupar
Odyssea ― Odisseia
offegante ― ofegante
offensivo ― ofensivo
offerecer ― oferecer
officio ― ofício
offuscar ― ofuscar
oligarchia ― oligarquia
Olympiada ― Olimpíada
operetta ― opereta
ophideo ― ofídio
ophthalmologia ― oftalmologia
oppor ― opôr ― opor
opportuno ― inoportuno
opposição ― oposição
opposto ― oposto
oppressão ― opressão
opprimir ― oprimir
orchestra ― orquestra
orchidea ― orquídea
ornithologia ― ornitologia
Orpheu ― Orfeu
orthodoxo ― ortodoxo
orthogonal ― ortogonal
orthographico ― ortográfico
orthopædico ― ortopédico
oscillar ― oscilar
ottomano ― otomano
oxydo ― óxido
oxygeneo ― oxigénio ― oxigênio

P
pachyderme ― paquiderme
pae ― pai
paiz ― país
pagella ― pagela
paizagem ― paisagem
palæographia ― paleografia
paletot ― paletó
palladio ― paládio
pallidez ― palidez
pallio ― pálio
pallor ― palôr ― palor
panegyrico ― panegírico
panella ― panela
panno ― pano
pantheista ― panteísta
pantheon ― panteão
panthera ― pantera
Parahyba ― Paraíba
parallela ― paralela
paralysar ― paralisar
paralytico ― paralítico
paraphrase ― paráfrase
parcellar ― parcelar
parenchyma ― parênquima
parentheses ― parênteses
parochia ― paróquia
paroxysmo ― paroxismo
parrhesia ― parrésia
Paschoa ― Páscoa
pateo ― pátio
pathetico ― patético
pathologico ― patológico
patriarchia ― patriarquia
peccado ― pecado
pecego ― pêssego (― gl. pexego)
peior, peor ― pior
pellar ― pelar
pelle ― pele
pellica ― pelica
pello ― pêlo
pelludo ― peludo
penella ― penela
penna ― pena
pennugem ― penugem
pentathlo ― pentatlo
pera ― para
pera ― pêra
perenne ― perene
peripheria ― periferia
permittir ― permitir
peroxydo ― peróxido
petechias ― petéquias
phaeton ― faetonte
phalange ― falange
phantasia ― fantasia
phantasma ― fantasma
phariseu ― fariseu
pharmacia ― farmácia
pharol ― farol
pharynge ― faringe
phase ― fase
Phebo ― Febo
phenico ― fénico
phœnix ― fénix
phenomeno ― fenómeno
philanthropia ― filantropia
philharmonica ― filarmónica
philisteu ― filisteu
philologico ― filológico
philosophia ― filosofia
philotechnico ― filotécnico
philtro ― filtro
phleugma ― fleuma
phoca ― foca
phonetico ― fonético
phonico ― fónico
phosphato ― fosfato
phosphoro ― fósforo
photographar ― fotografar
phrase ― frase
phrenologia ― frenologia
phrygio ― frígio
phthysica, thysica ― tísica
phylloxera ― filoxera
physica ― física
physiologico ― fisiológico
phytologia ― fitologia
pintasilgo ― pintassilgo
piqueno ― pequeno
piston ― pistom, pistão
piteo ― pitéu
planispherio ― planisfério
plethora ― plétora
plintho ― plinto
polka ― polca
pollegada ― polegada
pollen ― pólen
polluir ― poluir
polyglotta ― poliglota
polygono ― polígono
polymatho ― polímato
polypo ― pólipo
polytechnica ― politécnica
porphyro ― pórfiro
portuguez ― português
portugueza ― portuguesa
posthumo ― póstumo
poude ― pôde (poder)
practica ― prática
practicar ― praticar
predictivo ― preditivo
preguntar ― perguntar
presbytero ― presbítero
prescripção ― prescrição
prescriptivo ― prescritivo
presumpção ― presunção
presumptivo ― presuntivo
princeza ― princesa
prioreza ― prioresa
procella ― procela
prodigalisar ― prodigalizar
producção ― produção
producto ― produto
programma ― programa
prohibição ― proibição
promettido ― prometido
prompto ― pronto
propheta ― profeta
prophylaxia ― profilaxia
proscripto ― proscrito
proselyto ― prosélito
prothese ― prótese
psalmo ― salmo
pseudonymo ― pseudónimo
psychico ― psíquico
psychiatra ― psiquiatra
psychologico ― psicológico
pulchro ― púlcro
pullular ― pulular
pusillanime ― pusilânime
pyra ― pira
pyramide ― pirâmide
pyrethico ― pirético 
pyrrhichio ― pirríquio
pyrrhonico ― pirrónico
pythonissa, pythonisa ― pitonissa, pitonisa
pyxide ― píxide

Q
quartetto ― quarteto
quási ― quase
quatorze ― catorze
quintetto ― quinteto

R
rabbino, rabbi ― rabino, rabi
Rachel ― Raquel
rachitico ― raquítico
rajah ― rajá
rallador ― ralador
rasão ― razão
realisar ― realizar
rebellião ― rebelião
recahida ― recaída
recyclar ― reciclar
redhibição ― redibição
reducção ― redução
reducto ― reduto
regosijo ― regozijo
rehabilitar ― reabilitar
rehaver ― reaver
remettente ― remetente
repellir ― repelir
reprehensivel ― repreensível
reproductivo ― reprodutivo
restricção ― restrição
restricto ― restrito
retrahimento ― retraimento
retrozaria ― retrosaria
rez ― rês
rez-vez ― rés-vés
rhapsodia ― rapsódia
rhetorica ― retórica
rheumatico ― reumático
rhinoceronte ― rinoceronte
rhinorrhea ― rinorreia
rhizoma ― rizoma
rhodio ― ródio
rhomboedro ― romboedro
rhotacismo ― rotacismo
rhuibarbo ― ruibarbo
rhum ― rum
rhynchophoro ― rincóforo
rhythmo ― ritmo
rodella ― rodela
roman ― romã
ruborisar ― ruborizar
rũi ― ruim
ruimmente ― ruimente

S
sabbado ― Sábado
saccada ― sacada
saccharina ― sacarina
sae ― sai (sair)
sagittal ― sagital
sahida ― saída
Sarah ― Sara
sancção ― sanção
sanccionar ― sancionar
sancto ― santo
sandwich ― sanduíche, sandes
sanskrito ― sânscrito
saphico ― sáfico
saphira ― safira
sarcophago ― sarcófago
satellite ― satélite
satisfacção ― satisfação
satisfactorio ― satisfatório
satyra ― sátira
saxophone ― saxofone
scelerado ― celerado
scena ― cena
scenographo ― cenógrafo
sceptico ― céptico ― cético
sceptro ― ceptro ― cetro
schema ― esquema
schisma, scisma ― cisma
schisto ― xisto
sciatica ― ciática
sciencia ― ciência
scientista ― cientista
scindir ― cindir
scintilar ― cintilar
scirro ― cirro
scisão ― cisão
scismatico ― cismático
seccar ― secar
seducção ― sedução
seductor ― sedutor
sellar ― selar
sellim ― selim
sello ― selo
semsaboria ― sensaboria
sentinella ― sentinela
septe ― sete
septentrional ― setentrional
seraphim ― serafim
septimo ― sétimo
setta ― seta
sex ― seis
Sibylla ― Sibila
sigillo ― sigilo
signal ― sinal
singello ― singelo
siphão ― sifão
sixtina ― sistina
sobrecellente ― sobresselente
sobrepelliz ― sobrepeliz
sobrescripto ― sobrescrito
sobresemear ― sobressemear
soccorro ― socorro
socego ― sossego
soffrer ― sofrer
solemne ― solene
solemnisar ― solenizar
solettrar ― soletrar
sommar ― sommar
somno ― sono
sophisma ― sofisma
sophisticação ― sofisticação
sosinho ― sòzinho ― sozinho
specimen ― espécimen, espécime
spermaceti ― espermacete
stalactite ― estalactite
stalagmite ― estalagmite
steppe ― estepe 
subhastação ― subastação (sub-hasta)
submetter ― submeter
subscripção ― subscrição
subtrahir ― subtrair 
succeder ― suceder
successo ― sucesso
succincto ― sucinto
succo ― suco
succulento ― suculento
succumbir ― sucumbir
succursal ― sucursal
sufficiente ― suficiente
suffixo ― sufixo
suffocar ― sufocar
suffragio ― sufrágio
suffusão ― sufusão
suggestão ― sugestão
Suissa ― Suíça
sulphydrico ― sulfídrico
summário ― sumário
summidade ― sumidade
supplantar ― suplantar
supplementar ― suplementar
supplicação ― suplicação
supplicio ― suplício
suppor ― supôr ― supor
supporte ― suporte
supposição ― suposição
supposto ― suposto
suppressão ― supressão
supprimir ― suprimir
suppurar ― supurar
surprehendente ― surpreendente
surpreza ― surpresa
syllaba ― sílaba
syllepse ― silepse
syllogismo ― silogismo
symbolo ― símbolo
symetrico ― simétrico
sympathico ― simpático
symphise ― sínfise
symphonia ― sinfonia
symptoma ― sintoma
synagoga ― sinagoga
synchrono ― síncrono 
syncopa ― síncopa
syncretico ― sincrético
syndicato ― sindicato
synedoche ― sinédoque
synhedrio ― sinédrio
synodo ― sínodo
synonimo ― sinónimo
synopse ― sinopse
synoptico ― sinóptico
syntaxe ― sintaxe
synthese ― síntese
systema ― sistema
systole ― sístole

T
technico ― técnico
technologia ― tecnologia
telegramma ― telegrama
telegrapho ― telégrafo
theatro ― teatro
theina ― teína
thema ― tema
theologia ― teologia
theoria ― teoria
therapeutica ― terapêutica
therio ― tério
thermico ― térmico
thesouro ― tesouro
Thomaz ― Tomás
thorax ― tórax
tractar ― tratar
tranquillidade ― tranqüilidade ― tranquilidade
tribu ― tribo
triumpho ― triunfo
tympanos ― tímpanos
typho ― tifo
typographia ― tipografia
tyrannia ― tirania

U
unctuoso ― untuoso
urea ― ureia
urethra ― uretra
urodynia ― urodínia
usofructo ― usufruto
utilisação ― utilização

V
vacca ― vaca
vaccina ― vacina
vacillar ― vacilar
vae ― vai (ir)
vallado ― valado
valle ― vale
vassallo ― vassalo
vehemente ― veemente
vehicular ― veïcular ― veicular
vehiculo ― veículo
velludo ― veludo
veo ― véu
vermuth ― vermute
victima ― vítima
Victor ― Vítor
victoria ― vitória
viella ― viela
viez ― viés
villa ― vila
villão ― vilão
violoncello ― violoncelo
vitella ― vitela
vocalisar ― vocalizar

W
walsa ― valsa
wagon ― vagão
whisky ― uísque

X
xiphoide ― xifóide
xylographia ― xilografia

Y
yacht ― iate
ypsilon ― ípsilon

Z
zenith ― zénite
zephyro ― zéfiro
zoophytico ― zoofítico
zun-zun ― zunzum
zymotechnia ― zimotecnia