domingo, 31 de maio de 2020

É preciso saber deixar


É preciso saber deixar
o tumulto
chegar ao coração

apressar o pulso incerto
fazer pulsar a paixão
onde estaria o deserto


Maria Teresa Horta

in Estranhezas, 2018, p. 185, ed. Dom Quixote
em itálico no original

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Tópicos de investigação em várias áreas

Ofereço aqui, no meu singelo blogue, alguns tópicos de investigação que, na minha opinião, deviam ser explorados com mais vigor. Listá-los-ei por grandes áreas:


História

- A origem portuguesa de Cristóvão Colombo. Uma investigação cuidada da biografia do Almirante durante as suas primeiras décadas de vida, e fora de especulações artificiosas de espionagem e mudanças de nome. Factos apenas, "absence of evidence IS evidence of absence".

- A plausibilidade da busca pela Ilha do Ouro, identificada como a actual Ilha da Austrália, e estudar se navegadores portugueses (Cristóvão de Mendonça ou outros) se lançaram nessa direcção. Isto inserir-se-ia, ou seria o pretexto para, estudar, conservar e digitalizar os arquivos da Casa da Índia de Goa, com lobby diplomático oficial e financiamento Europeu para que a Índia permita tal empreendimento.

- Os colégios universitários em Lisboa e Coimbra e Évora. Uma pesquisa profunda sobre os vários aspectos da orgânica, política, dia-a-dia, desenvolvimento, querelas e história dos colégios até à sua extinção. Isto requereria também to track down os espólios desbaratados dos colégios e um inventário das obras ainda existentes e que podem ser consultadas. Fugir a abordagens puramente arquitectónicas e patrimoniais.

- Os bolseiros dos Reis Sancho I, João I, Afonso V, João II, Manuel I, João III, João V, &c. Uma listagem completa de nomes e biografias, assim como dos valores das bolsas, o contexto sócio-económico e os resultados reais desse investimento em bolseiros.

- História da pronúncia e fonética da língua portuguesa ao longo dos tempos. Resultaria em representações teatrais e leituras gravadas de textos de época com a pronúncia da época, da mesma maneira que há uma companhia q representa Shakespeare com sotaque da época (e Frrançoá se lia Françuiss no tempo do rei François I).

- O retrato do Infante Dom Henrique. Estudo do códice de Paris para averiguar se a imagem e a divisa foram mexidas no tempo do Rei Dom Manuel I; estudo das imagens dos painéis de Nuno Gonçalves; estudo do jacente tumular do infante; estudo da pedra da estátua na porta sul dos Jerónimos para averiguar se aquela q lá está é mesmo a original.

- Biografia dos homens de Estado no século XVIII, digamos, após a morte de Diogo de Mendonça Corte-Real (e para além do marquês de Pombal). Penso que ainda está tudo por saber sobre o cardeal da Mota, Marco António de Azevedo Coutinho, Martinho de Melo e Castro, o marquês de Ponte de Lima, etc.


Arte
- Os azulejos da Antropologia, Botânica e Zoologia da Universidade de Coimbra; não apenas os com desenhos, mas também os geométricos do chão e paredes da Zoologia, descrição e historiografia, merecem uma documentação fotográfica e uma inclusão num eventual percurso turístico pelas obras de Arte da universidade.