domingo, 7 de junho de 2020

Filósofos Portugueses até ao Século XIX

São já tantas as vezes que leio e ouço dizer que nunca houve filósofos em Portugal, que decidi fazer aqui uma enumeração dos pensadores que Portugal deu ao mundo. Neste post escolho tratar só de pensadores em Filosofia Moral (Ética, Filosofia Política) e em Metafísica (Ontologia, Filosofia da Religião), já que a Filosofia Natural veio a dar o que se chamam hoje "as Ciências" e, portanto, os pensadores em Filosofia Natural hão de entrar num post sobre Cientistas Portugueses, como Pedro Nunes, Garcia de Orta ou Amato Lusitano. Porém, a Lógica, que vem da Filosofia Natural, também entra aqui simplesmente porque muitos destes filósofos tendem a usar instrumentos lógicos.

Deixo de fora personagens que, ainda que tenham nìtidamente sido grandes pensadores, são hoje mais conhecidos no domínio de outras áreas, como Santo António, o Rei Dom Duarte I, o Infante Dom Pedro 1.º Duque de Coimbra; o grande matemático Pedro Nunes, o Vice-Rei Dom João de Castro ou o Abade Correia da Serra. De igual modo, escolho deixar de fora personagens anteriores à fundação da nacionalidade, como Paulo Orósio, São Martinho de Dume ou Ibn Marwan; e posteriores à Independência do Brasil, isto é, dos séculos XIX, XX e XXI. Os que ficam, separo-os em três categorias: os que deixaram obra original, os que não deixaram obra original (geralmente pedagogos) e não-portugueses mas ligados a Portugal.

~ Com obra original ~

Pedro Hispano Portucalense [Petrus Hispanus] (1215?-1276?)
Lógico e pedagogo. De propósito não lhe chamei Pedro Julião porque parece cada mais mais evidente que o Petrus Hispanus que escreveu as obras filosóficas não era o mesmo que veio a ser Papa. Obra: Summule logicales (título original: Tratactus). [ref1ref2ref3; ref4ref5]

Frei André do Prado (n. finais do século XIV)
Teólogo. Obras: Horologium fidei; Spiraculum Francisci Mayronis (manuscrito). [ref1]

Diogo Lopes Rebelo (séc. XV)
Teólogo. Obras: Fructus sacramenti poenitentioe, Paris, 1494; Tractatus de productionibus personarum, Paris, 1496; De republica gobernanda per regem, Paris, 1496. [ref1]

Frei João Sobrinho (séc. XV)
Teólogo. Obras: Tractatus perutilinans de iustitia commutativa et arte campsoria seu cambiis ac alearum ludo, Paris, 1496; vários textos manuscritos. [ref1]

Frei João Claro (séc. XV-XVI)
Teólogo. Obras: várias textos no Códice Alcobacense CCLXVII/72. [ref1]

Samuel Usque (séc. XV-XVI)
Escritor. Obra: Consolação às Tribulações de Israel (1553). [ref1]

Vasco de Lucena (1435-1512)
Humanista e tradutor, pertenceu à corte da Duquesa da Borgonha, Dona Isabel de Portugal. É mais comum o seu nome aparecer galicizado como Vasque de Lucène. Não confundir nem com Vasco Fernández de Lucena (m. 1500), diplomata castelhano ao serviço dos reis de Portugal, nem com Vasco Fernandes de Lucena (séc. XV-XVI), um dos primeiros europeus a viver no Brasil. [ref1; ref2; ref3; ref4ref5]

Isaac Abravanel (1437-1508)
Exegeta e diplomata. Obras: Hateret Zekenim (Coroa dos Anciãos), 1557; Mifalot Elohim (Das Obras de Deus) 1592; entre outros textos. [ref1]

Duarte Pacheco Pereira (1460-1533)
Obra: Esmeraldo de Situ Orbis, que circulou manuscrito e só foi publicado em 1892. [ref1]

Iehudad Abravanel [Leão Hebreu] (1465-1534)
Humanista. Obra: Dialoghi di Amore (Diálogos de Amor), 1502. [ref1]

Pedro Margalho (1474-1556)
Estudou as Artes e Teologia na Universidade de Paris. Ensinou nas Universidades de Valladolide de Salamanca. Preceptor do Cardeal Infante Dom Afonso (1529). Vice-reitor da Universidade em Lisboa (1530). Cónego da Sé de Évora (1533). [ref1]

Sebastião Toscano (1515-1583)
Teólogo. Obras: Oração fúnebre de Afonso de Albuquerque, Lisboa, 1566; Mística Teologia, Lisboa, 1568; Commentarii in Jonam Prophetamm, Veneza, 1573. [ref1]

Francisco de Holanda (1517-1584)
Esteta e pintor. Português de ascendência holandesa. [ref1]

Álvaro Gomes (séc. XVI)
Teólogo. Obras: Comentário ou Censuras ao Registo da Sacrossanta Faculdade de Teologia de Paris, 1542; Apologia, 1543; Tratado da Perfeição da Alma, 1550; De conjugio regis angliae cum reclita fratris sui, 1551; entre outros textos. [ref1]

Padre Pedro da Fonseca, S.I. (1528-1599)
Escolástico. Conhecido na sua época como o "Aristóteles Português". Obras principais foram nas áreas da lógica e metafísica: Institutionum dialecticarum (1564), Commentariorum in Libros Metaphysicorum Aristotelis (1577). [ref1; ref2]

Francisco Sanches (1551-1623)
Filósofo da Ciência, céptico e precursor (com Francis Bacon e Michel de Montaigne) da dúvida metodológica que Descartes irá mais tarde desenvolver. Criou a expressão "método científico" (methodus sciendi). Obra: Tractatus philosophici (1649), Opera medica (1636), De multum nobili et prima universali scientia, quod nihil scitur (1581). [ref1ref2ref3ref4ref5]

Retrato de Francisco Sanches, património da Universidade de Toulouse III Paul Sabatier, que vai ser restaurado após uma subscrição pública (crowdfunding) em 2019.

Estêvão Rodrigues de Castro [Stephanus Rodericus Castrensis] (1559-1638)
Estudou as Artes e Medicina na Universidade de Coimbra. Em Florença (1609) foi médico particular dos Grãos-Duques da Toscana. Professor de Medicina na Universidade de Pisa. Obra: De meteoris microcosmi (1621), onde sustenta que o principio material constitutivo das coisas (archeus) seria uno e indivisível. [ref1]

Frei Serafim de Freitas (1570-1633)
Jurista. Obra: De Ivsto Imperio Lvsitanorum Asiatico (Do Justo Império Asiático dos Portugueses), Valhadolid, 1625. [ref1]

Uriel da Costa [Gabriel da Costa Fiuza] (1585-1640)
Céptico. Precursor (e aparentemente professor) de Espinosa. Obra: Exemplar humanae vitae, 1640; Exame das tradições phariseas conferidas com a Ley Escrita, 1624; Propostas contra a tradição, 1618. [ref1ref2]

Baltasar Teles (1596-1675)
Historiador. Como filósofo publicou Summa universae philosophie, 1642. [ref1]

Frei Francisco de Santo Agostinho de Macedo (1596-1681)
Teólogo. Obras: Collationes Doctrinae S. Thomae et Scoti cum differentis inter utrummque sententiarum, 1680; De conceptum, et formalem, et objectivium in ratione entis ad Deum, et Creaturam omnino univocum et praecise aequalemm, et prorsus similem; entre vasta obra. [ref1]

Padre Francisco Soares Lusitano (1605-1659)
Escolástico e pedagogo. Publicou Cursus philosophicus in quattuor tomos distributus (1651). Não confundir com o seu contemporâneo espanhol Francisco Suárez. [ref1; ref2]

Padre António Vieira, S.I. (1608-1697)
Esteta, moralista e orador. Um dos mais influentes pensadores do mundo luso-brasileiro. Obra: vastíssima obra já sobejamente conhecida. [ref1]

Isaac Cardoso (1615-1680)
Experimentalista e médico. Obras: Oración Fúnebre en la Muerte de Lope de Vega Carpio, Madrid, 1630; Discurso sobre el Monte Vesuvio, Madrid, 1632; Del Origen del Mundo, Madrid, 1633; De Febri Syncopali, Madrid, 1634; Panegyrico del Color Verde, Madrid, 1635; Utilidad del Agua y de la Nieve, Madrid, 1637; Si el Parto de trece y quatorce meses es natural, Madrid, 1640; Philosophia Libera in septem liberos distributa, Veneza, 1673; Las excelencias y las calunias de los Hebreos, Amesterdão, 1678. [ref1]

Félix da Costa (1639-1712)
Esteta e escritor maneirista. Obra: Antiguidade da Arte da Pintura. [ref1]

Padre António Cordeiro, S.I. (1641-1722)
Historiador. Obra: Cursus Philosophicus Conimbricensis, 1714. [ref1]

Manuel de Azevedo Fortes (1660-1749)
Lógico e engenheiro. Publicou o primeiro tratado sobre lógica integralmente escrito em português, a Lógica Racional Geométrica e Analítica, Lisboa, 1744. Deixou manuscrito o Discurso Filosófico sobre o Método com que se hão-de aprender as sciencias, Ms. da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, folhas, 148-154. [ref1]

Jacob de Castro Sarmento (1691-1762)
Experimentalista e médico. Obras: Dissertatio in novam, tutam, ac utilem methodum inoculations, seu transplantationis variolarum, Londres, 1731; Materia Medica Physico-Historico-Mechanica, Londres, 1735; Theorica Verdadeira Das Marés, Conforme à Philosophia do incomparavel cavalhero Isaac Newton, Londres, 1737; Appendix ao que se acha escrito na Materia Medica, sobre a natureza, contentos, effeytos, e uso pratico, em forma de bebida, e banhos das agoas das Caldas da Rainha, s.l., 1753. [ref1]

Martinho de Mendonça de Pina e Proença (1693-1743)
Intelectual e pedagogo. [ref1; ref2]

António Nunes Ribeiro Sanches (1699-1783)
Médico e pedagogo. Obra: Método para Aprender e Estudar a Mediana; Cartas sobre a Educação da Mocidade; entre um vasto número de escritos. [ref1]

Matias Aires Ramos da Silva de Eça (1705-1763)
Racionalista e tradutor. Estudou as Artes e Filosofia no Colégio de Santo Antão em Lisboa e na Universidade de Coimbra. Considerado por muitos o maior nome da Filosofia de Língua Portuguesa do seu tempo. Obra: Reflexões sobre a Vaidade dos Homens (1752). [ref1]

Luís António Verney (1713 [ou 1718?]-1792)
Intelectual e pedagogo. Estudou as Artes no Colégio de Santo Antão em Lisboa e na Congregação do Oratório; estudou Teologia na Universidade de Évora e em Roma. Obra: O Verdadeiro Método de Estudar, 1746; De Re Logica ad usum Lusitanorum Adolescentium, 1751; De Re Metaphysica ad usum Lusitanorum Adolescentium, 1753; De Re Physica ad usum Lusitanorum Adolescentium, 1758; Grammatica Latina tratada por num Methodo novo claro e fácil, 1758. [ref1]

Padre Francisco José de Freire, C.O. (1719-1773)
Esteta. De nome arcádico Cândido Lusitano. Obra: Vieira defendido, Lisboa, 1746; Arte Poética ou Regras da Verdadeira Poesia, Lisboa, 1748; Ilustração Crítica, Lisboa, 1751; Arte Poética de Quinto Horácio Flacco, Lisboa, 1758; Dicionário Poético para uso dos que principiam, Lisboa, 1765; Reflexões sobre a Língua Portuguesa, Lisboa, 1842; e manuscritos. [ref1]

Padre Teodoro de Almeida, C.O. (1722-1804)
Das mais expressivas figuras do iluminismo português, sendo porventura o que mais repercussão alcançou além fronteiras, não só com a Recreação Filosófica (10 volumes), mas sobretudo com O Feliz Independente do Mundo e da Fortuna. Obra: Recreação Filosófica (1751-1799), com o declarado intuito de instruir, de uma forma amena, as «pessoas curiosas que não frequentaram as aulas». [ref1; António Braz Teixeira, O Essencial sobre a Filosofia Portuguesa, p. 9]

Dom Frei Manuel do Cenáculo Vilas Boas, O.F.S. (1724-1814)
Intelectual e esteta. Obra vasta mas moderada em originalidade. [ref1]

Padre António Pereira de Figueiredo, C.O. (1725-1797)
Gramático e retórico. Obra: Novo Methodo da Grammatica Latina, Lisboa, 1752 (10 edições até 1797); Elementos de Invenção e Elocução Rethorica ou Principios da Eloquencia, Lisboa, 1759. [ref1]

Padre Manuel Álvares, C.O. (1739-1777)
Lógico e mecanicista. Obra: Instruções sobre a lógica ou diálogos sobre a filosofia racional, Porto, 1760; História da Criação do Mundo conforme as ideias de Moizes e dos Filósofos, Porto, 1762. [ref1]

Bento José de Sousa Farinha (1740-1820)
Pedagogo e orador. Obra vasta. [ref1]

Dona Leonor de Almeida Portugal, 4.ª marquesa de Alorna (1750-1839)
Recreações Botânicas, poesia filosófica e científica. [ref1]

Joaquim José Rodrigues de Brito (1753-1831)
Professor e jurista. Da corrente sensista. Obra: Memórias Políticas sobre as verdadeiras bases da grandeza das nações, e principalmente de Portugal (1803-1805). [ref1]

Silvestre Pinheiro Ferreira (1769-1846)
Empirista. Obras: Considerações sobre a gramática filosófica, Rio de Janeiro, 1808; Prelecções Philosophicas sobre a theorica do discurso e da linguagem, a estética, a diceosyna e a cosmologia, Rio de Janeiro, 1813; Essai sur la Psycologie comprenant la théorie du raisonnement et du langage, l'ontologie, l'esthétique et la dicéosyne, Paris, 1826; Manual do cidadão em um governo representativo ou princípios de direito constitucional, administrativo e das gentes, Paris, 1834; Noções Elementares de Philosophia Geral e Aplicada às Sciências Morais e Políticas, Paris 1839; Teodiceia ou Tratado Elementar da Religião Natural e da Religião Revelada, 1845. [ref1]

Vicente Ferrer Neto Paiva (1798-1886)
Canonista. Obra: Elementos de direito natural ou de philosophia de direito, Coimbra, 1850. [ref1]

~ Sem obra original ~

Infanta Dona Maria de Portugal (1521-1577)
Humanista e mecenas. Filha mais nova do Rei Dom Manuel I. [ref1]

Públia Hortênsia de Castro (1548-1595)
Estudou as Artes e Filosofia nas Universidades de Évora e de Coimbra (com protecção do arcebispo de Évora). Participou em discussões públicas literárias e científicas. Frequenta a corte da Infanta Dona Maria. Faleceu sem ter feito obra marcante, mas do seu talento ficou testemunho o que escreveu em alguns livros de prosa e verso, em cartas escritas em latim e em português, e uns diálogos sobre teologia e filosofia, a que deu o título de Flosculos Theologicales.

Frei João de São Tomás, O.P. [João Poinsot] (1589-1644)
O seu pai, austríaco, era secretário do Cardeal Alberto, Arquiduque da Áustria, sendo sua mãe portuguesa. Estudou as Artes e Teologia na Universidade de Coimbra, depois na Universidade de Louvain. Ensinou Filosofia e Teologia na Universidade de Alcalá de Henares. Obra: Cursus philosophicus e um monumental Cursus theologicus. [ref1]

Padre Inácio Monteiro, S.I. (1724-1812)
Noviciado jesuíta em Évora; estudos de Filosofia e de Teologia nas universidades de Évora e de Coimbra. Partiu para a Itália com a expulsão dos Jesuítas em 1759 (Ferrara).

António Soares Barbosa (1734-1801)
Um dos quatro principais professores de Filosofia após o decreto de expulsão dos Jesuítas. Obra: Opusculum Philosophicum ad usum Tyranum elocubratum (1758); Discurso sobre o bom e verdadeiro gosto na Philosophia (1766); Tractado Elementar de Philosophia Moral, 3 tt. (1792). [ref1]

José Agostinho de Macedo (1761-1831)
Escritor e frade graciano, publicou em 1815 dois textos especulativos O Homem, ou os Limites da Razão e Cartas Filosóficas a Ático. Obras de escassa originalidade onde ecoa uma desconfiança das capacidades cognitivas da razão humana. [António Braz Teixeira, O Essencial sobre a Filosofia Portuguesa, pp. 10-11]


~ Não-portugueses ligados a Portugal ~

Frei Álvaro Pais (1275/80-1349)
Polemista galego. Obras: Speculum Regum, Status et Palnctus Ecclesiae, Colyrium Fidei Adversus Haeresis. [ref1]

Cataldo Sículo (1455-1517)
Humanista e poeta, de seu nome italiano Giovanni Cataldo Parisio. Introdutor das ideias do humanismo renascentista em Portugal. [ref1; ref2]

Luisa Sigea de Velasco (1522-1560)
Conhecida em Português por Luísa Sigeia ou pela versão latinizada Aloysia Sygaea Toletana. Poetisa e intelectual do século XVI, um dos expoentes do humanismo ibérico, que viveu boa parte da sua vida na corte portuguesa ao serviço da Infanta Dona Maria de Portugal (1521-1577), como dama latina. Nascida em Toledo. [ref1; ref2]

Padre Luis de Molina, S.I. (1535-1600)
Estudou Direito e Teologia nas Universidades de Salamanca, de Alcalá de Henares e de Coimbra. Ensina na Universidade de Évora. Foi uma figura destacada da chamada Escola de Salamanca. Obras: Commentaria in primam divi Thomae partem, 2 vols., Cuenca, 1592; Concordia liberi arbitrii cum gratiae?, Lisboa, 1588; De Iustitia et Iure, 3 vols, Cuenca, 1593. [ref1]

Padre Francisco Suárez, S.I. (1548-1617)
Teólogo escolástico e jurista. Obras: De generatione et corruptione, 1575; De fide, Roma, 1583; Disputatio ultima de bello, Roma, 1584; Quaestiones de iustitia et iure, Roma, 1585; De baptismo parvulorum, Alcalá, 1587; De Incarnatione Verbi, Alcalá, 1590; De homicidio in defensionem propriae personae, Alcalá, 1592; Disputationes metaphysicae, 1597; Varia Opuscula Theologica, Madrid, 1599; De opere sex dierum, Coimbra, 1600; De Legibus tractatus, Coimbra, 1601-1603; Tractatus de legibus ac Deo Legislatore, Coimbra, 1612; Antuérpia, 1613; Lyon, 1613; De Defensio Fidei Catholicae adversus Anglicanae sectae errores, Coimbra, 1613; Francoforte, 1614. [ref1]

Bento de Espinosa (1632-1677)
Racionalista, um dos mais importantes filósofos de sempre. Holandês de ascendência portuguesa judaica, também se grafa o seu nome como Baruch Spinoza ou Benedictus de Spinoza. Obra: Ethica, ordine geometrico demonstratTractatus Theologico-Politicus. [ref1]

Padre Rafael Bluteau, C.R. (1638-1734)
Intelectual e escritor de ascendência francesa. Obras: Primicias Evangelicas, ou sermões panegyricos, 1676; Vocabulario Portuguez e Latino, 8 vols., 1721; Prosas Portuguesas, recitadas em diferentes congressos académicos, 1728; Sermões Panegyricos e doutrinaes, t. I (1732), t. II (1733); Instrução sobre a cultura das amoreiras e criação dos bichos da seda, 1769; Diccionario castellano y portuguez, 1841. [ref1]

Para os filósofos posteriores ao século XVIII, aconselho o livro de António Braz Teixeira e outros da colecção O Essencial da INCM.


Referências Geral
[ ] http://www.conimbricenses.org/
[ ] http://www.escritoras-em-portugues.eu/1402845028-Cent.-XVI
[ ] Pedro Calafate (dir.), História do Pensamento Filosófico Português, Lisboa: Editorial Caminho, 1999-2004.
[ ] António Braz Teixeira, O essencial sobre a Filosofia Portuguesa (Sécs. XIX e XX), Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2008.
[ ] Instituto de Filosofia Luso-Brasileira

1 comentário:

Portugalredecouvertes disse...

os seus estudos são sempre de enorme interesse:)
vou ler a vida de cada um desses personagens
e é de lamentar que não sejam divulgados de maneira mais abrangente
na sociedade portuguesa