- Miguel Torga, in Diário (1940)
Caricatura de Honoré Daumier (1808-1879) no jornal La Caricature N.º 140 (1833), onde Dom Pedro (à esquerda, não por acaso) é instigado pelo rei Luís Filipe I de França a retirar a coroa de Portugal a Dom Miguel (à direita), que é amparado pelo czar Nicolau I da Rússia. A legenda diz "Kssssse! Pédro... Ksssse! Ksssse! Miguel! (Ces deux capons lá ne se feront jamais grand mal)".
- Gonçalo Ribeiro Telles, in LER n.º 124, Maio 2013, p. 24 e ss.
"Sim, perdemos [a paisagem]. (...) [Na Europa] tinha havido guerras e muitas cidades importantes tinham sido destruídas ou meio destruídas. Fazer cidade no pós-guerra correspondia também a ter de fazer campo. Pode dizer-se que foi nesses anos que se desenvolveu a arquitectura paisagista. (...) A cidade só faz sentido com o campo. (...) A força, a vontade de [re]construir [na Alemanha do pós-guerra] sobrepunha-se à realidade. Não calcula a intensidade e a alegria com que reconstruíam. Assisti a cenas espantosas. Uma festa em Aachen, sobre o Ruhr, porque de determinado lugar já se viam as agulhas da Catedral de Colónia! A guerra tinha apagado tudo isso. (...) Não era uma questão religiosa, era o facto de se poder voltar a ver. (...) Tinham perdido o sentido das coisas no território."
"(...) ao Acordo Ortográfico, que, aliás, é outra história que não vale a pena a gente meter-se nela. Já perdemos a virgindade ortográfica há muito tempo, a não ser que restaurem o 'y' e o 'ph', deixem ficar. Já passei por quatro [acordos ortográficos] na minha vida. Tanto faz."
- Helder Macedo, in LER n.º 122, Março 2013, p. 30.
- Joaquim Maria Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Cap. LXXV, pp. 130 e ss.
Sem comentários:
Enviar um comentário