Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela;Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la;
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assi negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida;
Lhe fora assi negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida;
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
Dizendo: – Mais servira, se não fora
Para tão longo amor tão curta a vida!
Luiz Vaz de Camoens
3 comentários:
Este poema é lindo! Sempre gostei porque tinha o meu nome, mass gosto da forma como o Camões contou a história, bíblica :D
É mesmo, Raquel! Eu acho que este soneto é um autêntico conto!
podes crer! nunca tinha pensado nisso, mas tem conflito e resolução! perfeito :D
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