— Bernard Deloche (2001) Le musée Virtuel, PUF, Paris. Sob a epígrafe Statut de la muséologie (pp. 115-145).
"The consensus among philosophers that there is no simple reduction of Mendelian to molecular genetics may seem surprising. For molecular biology is often, and rightly, portrayed as a triumph of the reductionist method in science — that is, the method of studying larger systems by studying how their micro parts work. (...) If a system, biological or physical, succumbs to reductionistic investigation, it does not follow that every macro-level pattern that the system exhibits can be eliminated in favour of a micro-level one."
— Samir Okasha (2019) Philosophy of Biology: A Very Short Introduction, OUP, Oxford, p. 115 [v. also chapter 2 for excellent summary of evolutionary theory].
O erudito e escritor galego Ricardo Carvalho Calero, de cujo Dia (ou, melhor, Ano) das Letras Galegas é justamente este de 2020. Algumas ligações: website oficial, Real Academia Galega, Portal Galego da Língua, Conselho da Cultura Galega, Ciberdúvidas. Imagem tirada daqui.
"A romantística de Otero Pedrayo nõ é uma romantística de tipo clássico. Se lermos a narrativa de Castelao (...) observaremos que deste homem de Rianjo podemos detectar as características de um escritor clássico. Contra o que alguns queriam no seu tempo, Castelao era um artista mui reflexivo. O próprio Otero Pedrayo sofreu a ilusõ de interpretar [a] Castelao como uma força da Natureza que produze a sua obra espontâneamente, como canta um regato, como mana uma fonte! Sõ palavras aproximadamente exactas que dedica Otero Pedrayo a comentar a maneira de escrever de Castelao. Péro sõ palavras erróneas: Castelao escrevia com minúcia e autocrítica extraordinária! Repassava contìnuamente o escrito, corrigia contìnuamente, buscando (o que nõ se deu nunca em Otero Pedrayo) uma harmonia de linguagem, umas cadências de (?) que fazem que a sua obra nos lembre [a] escritores da Antigüidade que se preocuparam sempre destes problemas de métrica prosística que são realmente alheios ao procedimento torrencial do próprio Otero Pedrayo. Tudo está medido, em Castelao. Cando volve sobre um tema (...), bule, arranja, perfecciona; a sua obra, pois, está medida. É uma obra calculada, de uma enorme consciência das necessidades técnicas para chegar a produzir um resultado o mais perfeito possível. Otero é todo o contrário. Se Castelao é um clássico, Otero é um romântico. Se Castelao emprega uma enorme economia no dizer poético, na expressõ prosística narrativa, Otero Pedrayo tende ao barroquismo, tende a concentrar numa frase elementos antagónicos que produzem essa tensõ que caracteriza, precisamente, o espírito barroco. E isto é, justamente, uma das dificuldades de Otero Pedrayo para produzir estruturas narrativas inteiramente satisfactórias. Otero Pedrayo (que possui um carácter verdadeiramente genial (...), a capacidade creativa, a fecundidade, a fertilidade, a potência viril de engendrar filhos literários), em troques, atua sempre com arreglo, com um brote de inspiraçõ que nõ sempre está regulado pelo control da própria autocrítica. (...)
Começando por a dicotomia de romantismo e realismo (...). Se entendermos por realismo a reproduçõ fiel das formas de existência da aldeia galega (incluindo, por suposto, dentro da aldeia os núcleos urbanos modestos que, na Galiça que Otero Pedrayo respinta, existiam já, e também as unidades domésticas de tipo senhorial que se situavam em meio do campo), e se entendermos por romantismo a creaçõ imaginária que idealiza e que reflexa um modelo de tipo volitivo, persoal, não filtrado, e um desejo de reproduzir a realidade objectiva, veremos que na maior parte dos romances de Castelao (...) se verifica uma inestável situaçõ de desequilíbrio, que diminui, efetivamente, o valor estrutural das suas obras (...). O que é valioso em Otero é a reproduçõ da realidade. (...)"
— Ricardo Carvalho Calero (1989) Conferência sobre Ramón Otero Pedrayo, vista no YouTube, Junho 2020; o texto transcrito aparece a partir dos 16'00''.
"Claro que sou cristão; e outra coisas, por exemplo budista, o que é, para tantos, ser ateísta; ou, outro exemplo, pagão. O que, tudo junto, dá português, na sua plena forma brasileira".
— Agostinho da Silva, Pensamento à Solta, in Textos e Ensaios Filosóficos II, p. 175.