sábado, 9 de abril de 2011

Falar, Escrever e Ouvir Português


Eu adoro falar português! E escrever português e ouvir falar português na rua. Não me importo com o sotaque nem com qual o acordo ortográfico prevalecente. Eu quero é ter a Língua Portuguesa viva e à minha volta. Quero usá-la no meu dia-a-dia, escrevê-la e lê-la. Em qualquer aspecto do meu dia, seja profissional, pessoal, social ou o que mais houver! Patricia Ryan tem razão: o falar ou não, escrever ou não, usar bem ou não o inglês não pode ser uma barreira. Quanto a mim deve quanto muito ser um veículo: eu preferia pensar um trabalho em português, fazê-lo e publicá-lo em português e só depois passá-lo para uma língua mais universal, por tradução. Se eu não penso em inglês, então porque é que tudo o que eu tenho de fazer tem de ser em inglês? É a Ciência, a Economia, até já a Literatura e a História! É excessivo. Não se menospreze a língua pátria de cada um. A minha é, e eu tenho toda a intenção de que seja para sempre, a Língua Portuguesa.

2 comentários:

Mafalda S. disse...

Gostei imenso de ler este post.

Também tenho imenso orgulho na nossa língua. Mas como o meu marido não é português, admiro igualmente o latim. Acho muito interessante as palavras que uma só língua originou num país e no outro.

Quanto a ti, nota-se que tens alma portuguesa. Quem sabe se um dia não será de regresso à tua terra? Onde possas pensar, investigar, sentir, escrever somente em português... ok, talvez com uma ou outra tradução em inglês.

Miguel Pires Prôa disse...

Obrigado, Mafalda.

É bom saber que os meus muito, muito ocasionais posts ainda agradam.

Todas as línguas de raíz latinas são lindíssimas, e a filogenia das diferenças deve ser giríssima. Todas as Línguas têm a sua beleza: a mim calhou-me a Portuguesa, todas as outras são acessórias!

Se tenho alma portuguesa ou não, não sei (sou mais capaz de aceitar que tenho estômago português!). "Minha pátria é minha Língua", como dizia Pessoa. Penso que vai ser difícil regressar a Portugal a curto ou mesmo médio prazo; mesmo se excluirmos a crise como fator, mesmo que houvesse muito dinheiro e muitas oportunidades, seria difícil voltar e continuar a fazer o que faço aqui. Por isso, porque não gosto de viver em Inglaterra e porque a Língua Portuguesa me faz mesmo uma falta enorme é muito possível que a médio prazo a carreira passe pelo Brasil...

Tudo a correr bem,

Miguel