― John Stuart Mill, Sobre a liberdade (1859), in Almeida & Murcho (2014), Janelas para a filosofia, p. 49.
"Na maior parte dos casos, o raciocínio não nos fornece uma demonstração, mas apenas razões para acreditar numa conclusão plausível, ou para preferi-la ligeiramente às alternativas."
― Thomas Nagel, A última palavra (1997), in Almeida & Murcho (2014), Janelas para a filosofia.
"A razão é a descoberta da verdade ou da falsidade. A verdade ou a falsidade consistem na concordância ou discordância seja com a relação real de ideias, seja com a existência real e a questão de facto. Logo, o que não for susceptível desta concordância ou discordância é incapaz de ser verdadeiro ou falso."
― David Hume, A treatise on human nature (1738), in Almeida & Murcho (2014), Janelas para a filosofia.
"[AK] A facilidade e a responsabilidade que nós (na Ciência) temos em mudar de paradigma, de ideia. Basta uma teoria melhor, basta evidências melhores, e a gente muda.
[ML] Museus como agentes de validação, mas de uma validação da informação que não é dogmática, quer dizer: se aparecerem evidências, em resultado da pesquisa, em resultado da razão e da análise, do pensamento, etc., nós (museus) temos obrigação de ser os primeiros a dizer «não, não é assim».
[AK] Passar essa tranqüilidade para a população, e quando nós (a Ciência, numa forma geral) não estivermos corretos, mudamos! Sem trauma, sem muito problema. Então a gente não se agarra às nossas ideias; a gente as tem em função das evidências que nós temos. Se as evidências mudam, a gente muda as ideias para transmitir o melhor conhecimento para a sociedade. E finalmente a Ciência tem de existir ― como os museus ― para o benefício das nossas sociedades. (...) Maravilhar o visitante, mas também criar nele a visão crítica de tudo o que o cerca."
― Alexandre Kellner (MN-UFRJ), numa sessão de Museus em Diálogo de Marta Lourenço (MuHNaC), no FB 26/06/2020.
"(...) na ciência, o objecto da investigação não é a natureza em si, mas a natureza subordinada à nossa maneira de colocar o problema. (...) A ciência já não é um espectador colorado em frente da natureza."
― Werner Heisenberg, A Imagem da Natureza na Física Moderna (1955), in Almeida & Murcho (2014), Janelas para a filosofia, p. 136.
Ou seja: uma questão de aproximação matemática... A implicação é que só os físicos é que podem entender a natureza em si ― até porque não podem observar directamente o objecto natural que estudam. Logo, não concebem a ciência como inductiva, mas deductiva a priori, observacional a posteriori, e é assim que Popper constrói a sua filosofia. Quanto a mim, a «natureza subordinada» de Heisenberg não pode ser generalizada e só pode ser entendida como aquilo que eu digo sempre: as minhas assunções só são válidas dentro e para os fins experimentais de um só artigo (ou tese); mas as interpretações de resultados continuam a ser inductivas. MP, 30 Jul 2020.
"(...) o conhecimento humano é sempre uma questão de sorte epistémica: quando usamos as nossas faculdades cognitivas com cuidado, produzimos muitas vezes conhecimento, mas produzimos também muitas vezes ilusão de conhecimento, e nada que possamos fazer poderá eliminar este último caso. Deste ponto de vista, o termo «conhecimento» limita-se a assinalar a nossa confiança relativa de que sabemos algo; contudo não é possível especificar de antemão os critérios que distinguem o conhecimento da ilusão de conhecimento porque é no próprio seio da nossa actividade cognitiva que vamos descobrindo as muitas maneiras como podemos estar enganados, e as muitas maneiras como tentamos tornar mais improvável que estejamos enganados. Assim, o que realmente conta é saber se uma crença é verdadeira e se as nossas justificações são suficientemente robustas, sendo aceitável que não garantam o conhecimento, desde que tornem muitíssimo improvável a ilusão."
― Aires Almeida & Desidério Murcho, Janelas para a filosofia (2014), p. 111.
"Since the study of philosophy involves working with concepts rather than facts, the activity of philosophy seeks understanding rather than knowledge. In other words, emphasis in this course of study is placed on the reasoning process. Memorizing the subject matter of philosophy is less likely to give insight into the discipline than is engaging actively in the process of doing philosophy."
― Lee Archie & John G. Archie, Reading for Philosophical Inquiry (2004), p. 4.
"More than ever ideals of reason, science, humanism, and progress need a whole hearted defense. We take its gifts for granted: new borns who will live more than eight decades, markets overflowing with food, clean water that appears with a flick of a finger and waste that disappears with another, pills that erase a painful infection, sons who are not sent off to war, daughters who can walk the streets in safety, critics of the powerful who are not jailed or shot, the world's knowledge and culture available in a shirt pocket. But these are human accomplishements, not cosmic birthrights. In the memories of many readers of this book—and in the experience of those in less fortunate parts of the world—war, scarcity, disease, ignorance, and lethal menace are a natural part of existence. We know that countries can slide back into these primitive conditions, and so we ignore the achievements of the Enlightenment at our peril. (...) The ideals of the Enlightenment are a product of human reason, but they always struggle with other strands of human nature: loyalty to tribe, deference to authority, magical thinking, the blaming of misfortune on evildoers."
― Steven Pinker, Enlightenment Now: The Case for Reason, Science, Humanism, and Progress (2018), pp. 19-20.
Five elements of Public Speaking:
1 communicator
2 message
3 medium
4 audience
5 effect
The speaker should be answering the question: "who says what in which channel to whom with this effect."
Dialoguing 101 (Doha Debates):
1 set goals
2 actively listen (talk less than listen; pay attention)
3 ask questions
4 focus on interests (find common interests)